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Histórias do Vovô Juca: Maquininhas Ltda.: Até o Fim! — Livro de Atividades

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O que Está Faltando?

Encontre e circule as cinco coisas que se encontram na gravura de cima que faltam na de baixo.

Construa uma Casa

Trace uma linha desde as formas até aos espaços vazios correspondentes na casa.

Associe Palhaços e Balões

Trace uma linha dos palhaços até os respectivos balões. (Dica: Confira seus chapéus e roupas.)

Criado e ilustrado por Agnes Lemaire. Design de Roy Evans.
Apresentado no My Wonder Studio. Copyright © 2008 por Aurora Produções. Usado com permissão.

Histórias do Vovô Juca: Maquininhas Ltda.: Até o Fim!

MP3: Grandpa Jake’s Storybook: Crew and Co.: Start ... Stop! (English)
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Era um lindo dia de sol. Vovô Juca e Toninho estavam no jardim arrancando as ervas daninhas e plantando flores.

Sábado era o dia em que o vovô cuidava do jardim, e como Toninho não tinha aula, decidiram plantar sementes e bulbos.

Mas depois de plantar apenas três bulbos, Toninho sentou-se na grama.

— Cansei — disse.

O vovô Juca se levantou do canteiro de flores onde estava.

— Sinto muito ouvir isso, mas você não acabou de plantar os bulbos de dália.

— Eu sei, mas agora quero fazer outra coisa.

— Olha, quero lhe contar uma história. Vou contá-la enquanto terminamos de plantar os bulbos.

— Legal.

* * *

Estavam montando um circo perto do canteiro de obras da Maquininhas Ltda. A grande tenda amarela e azul ficava no meio de várias outras tendas menores e alguns caminhões, trailers e jaulas de animais. Todos do circo estavam ocupados com os preparativos para a apresentação.

No canteiro de obras, Betoneira conversava com seu irmão, o Cimento Bomba.

— Estou cansada de ficar misturando cimento o tempo todo — desabafou Betoneira. — Eu queria fazer algo diferente... algo mais interessante.

— Sei como é — concordou Cimento Bomba. — Tudo que faço é despejar cimento molhado onde precisam dele. Só faço isso cada dia.

— Vamos fazer algo diferente — sugeriu Betoneira. — Por que não vamos ao circo?

— Será que podemos? — perguntou Cimento Bomba.

— Eu posso ficar misturando cimento enquanto estamos lá, e você ainda tem que esperar até fazer o próximo trabalho.

— É verdade. E nem vamos ficar longe por muito tempo. Vamos lá.

Passaram pelo chefe do circo, com seu fraque e cartola, que rondava toda a área.

— Olá, rapazes — disse o sr. Chefia.

— Vieram ver o circo?

— Sim, senhor — responderam.

— A primeira apresentação de hoje já terminou, mas podem andar por aí se quiserem.

Então Betoneira e Bomba perceberam que já tinha passado uma hora desde que saíram do canteiro de obras.

— Xiii! — disse Bomba. — É melhor a gente voltar ao trabalho. Talvez possamos voltar amanhã para ver o que não deu para ver hoje.

— Tô nessa! — disse Betoneira.

Nos dias que se seguiram, os dois irmãos fizeram várias visitas rápidas ao circo.

— Eu adoraria trabalhar no circo — disse Bomba. — Seria muito mais legal do que o trabalho que tenho agora.

— Olá! Percebi que vocês têm vindo muito aqui nos últimos dias — disse o sr. Chefia que saía de seu trailer. — Estão pensando em montar uma atração para o circo? — perguntou com uma risadinha.

— Quem me dera — disse Betoneira suspirando.

— Tive uma ideia! É algo que você provavelmente sabe fazer bem — disse o sr. Chefia.

— O quê? — perguntou Bomba.

— Em vez de bombear cimento, podemos colocar uma mistura para fazer bolhas no seu tanque e você pode fazer bolhas.

As crianças iam adorar! Eu até já pensei no nome da sua apresentação: “Chuva de Bolhas!”

— Gostei da ideia — disse Bomba todo animado. — E você Betoneira?

— Maravilha! — respondeu. — E eu vou fazer o quê?

— Você pode ajudar a chamar a multidão — disse o sr. Chefia. — Vão formar uma ótima equipe. O que acham?

— Combinado! — exclamaram os dois irmãos.

— Podem começar amanhã se quiserem — disse o sr. Chefia. — Vou avisar o pessoal que estarão aqui.

Na manhã seguinte, Bomba e Betoneira foram direto ao circo ensaiar. Estavam tão empolgados com o novo trabalho que nem avisaram o sr. Supervisor que estariam fora. O sr. Chefia colocou a mistura para fazer bolhas no tanque de Bomba e disse que voltaria mais tarde.

— Qual é a maior bolha que você consegue fazer — perguntou Betoneira a Bomba.

Bomba soprou forte, tentando fazer uma bolha gigante. Mas estava acostumado a trabalhar com cimento grosso e não com a mistura para fazer bolhas tão fina, então soltou milhares de bolhas deixando toda a área coberta com elas.

— Acho que não deu muito certo — disse Bomba rindo. — Vou tentar de novo.

Enquanto isso, no canteiro de obras, o sr. Supervisor perguntava a todos onde estavam os irmãos Bomba e Betoneira.

— Eles nem apareceram para trabalhar hoje de manhã, senhor — respondeu Planador. — E eles têm sumido bastante nesses últimos dias.

— O que será que andam fazendo? — disse o sr. Supervisor. — Precisamos deles agora para começarmos o alicerce desta obra. Todos estão esperando por eles. Planador, me avise assim que encontrá-los.

— Claro, patrão.

Espero que não tenham se metido em alguma encrenca, pensou o sr. Supervisor enquanto caminhava até seu trailer.

— Escavito, o que está acontecendo lá embaixo? — perguntou Escavinha.

— Aonde?

— Lá no circo. Olhe quantas bolhas!

— Puxa, tem mesmo um monte de bolhas. Olha só, algumas barracas e trailers estão completamente cobertos de bolhas.

As coisas não estavam correndo bem para Bomba. Por mais que tentasse não conseguia fazer a coisa direito, e milhares de bolhas saíam do seu bico, cobrindo tudo. No começo, Bomba e Betoneira acharam muito engraçado, mas logo Betoneira começou a ficar chateada com Bomba.

— Deixa de brincadeira e faz a coisa direito — disse Betoneira frustrada.

— Estou tentando, mas não consigo.

— O que está acontecendo aqui? — perguntou o sr. Chefia. — Bomba! Betoneira! Não foi isso que pedi que fizessem.

— Desculpe, sr. Chefia — desculpou-se Betoneira. — Bomba está tendo dificuldade para fazer as bolhas.

— Dá para ver — disse o sr. Chefia, que não estava achando nenhuma graça. — Sinto muito, Bomba, mas vou ter que pedir que desligue a sua bomba. Tem bolhas por toda parte e as pessoas não estão gostando nada disso. Acho que me enganei sobre vocês e provavelmente se sairiam melhor fazendo o seu verdadeiro trabalho. Sinto muito.

Bomba e Betoneira voltaram tristes para o canteiro de obras deixando atrás de si um rastro de bolhas.

— Por que tem bolhas saindo de você? — perguntou Planador quando chegaram.

— Não quero falar disso agora — respondeu Bomba todo tristonho.

— Bomba! Betoneira! Aí estão vocês! — Era o sr. Supervisor. — É bom terem uma boa desculpa por não aparecerem no trabalho.

— É... mais ou menos — respondeu Betoneira baixinho.

Betoneira e Bomba contaram ao sr. Supervisor sobre o circo, o convite do sr. Chefia e a bagunça que fizeram.

— Sentimos muito termos faltado ao nosso trabalho hoje. — disse Bomba. — A gente pensou que trabalhar no circo seria mais divertido. Mas não deu muito certo e não foi nada como esperávamos.

— Tudo bem — respondeu o sr. Supervisor. — Mas como não vieram trabalhar hoje, vão ter que aparecer mais cedo amanhã para se adiantarem um pouco no seu trabalho e a obra não ficar atrasada. Espero que tenham aprendido uma boa lição sobre fazer o seu trabalho até o fim.

— Aprendemos sim, senhor — disse Bomba. — Prometemos que vamos estar aqui amanhã bem cedo.

* * *

— Eu quero acabar de plantar os bulbos de dália — disse Toninho quando terminou a história. — É importante fazer o meu trabalho até o fim.

— Assim que acabarmos aqui, podemos fazer outra coisa que você escolher — disse o vovô.

— Obrigado, — disse o Toninho — vou pensar em alguma coisa bem divertida.

Moral: É importante aprender a fazer o seu trabalho até o fim. Mesmo se não for o que mais gosta de fazer. Faça até terminar e ficará feliz com o que fez.
Autoria de Katiuscia Giusti. Ilustrado por Agnes Lemaire. Colorido por Doug Calder. Design de Roy Evans.
Apresentado no My Wonder Studio. Copyright © 2008 por Aurora Production AG, Suiça. Todos os direitos reservados.

Histórias do Vovô Juca: Maquininhas Ltda.: Ainda Não!

MP3: Grandpa Jake’s Storybook: Crew and Co.: Not Now! (English)
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Patrícia, Pedro e Tuca foram brincar na casa do Toninho. Hoje estavam construindo com os bloquinhos de Duplo.

— Quero construir uma torre! — disse Patrícia. — Meu pai me ensinou como se faz.

— Posso te ajudar? — perguntou Tuca.

Logo Patrícia e Tuca tinham construído uma torre de bloquinhos vermelhos e amarelos, tão alta quanto eles.

— Olhem só nossa torre — anunciou Patrícia.

— Não é incrível?

— Puxa! — disseram Toninho e Pedro ao mesmo tempo.

— E olhem o Corpo de Bombeiros que estamos fazendo — disse Toninho.

Patrícia se abaixou para olhar melhor o Corpo de Bombeiros.

— Gostei muito — disse.

— Estão prontos? — perguntou Tuca.

— Um, dois, três, e...

— Prontos para o quê? — perguntou Patrícia.

De repente, a torre que ela tinha construído com o Tuca se estraçalhou no chão.

— Tuca! Você destruiu a torre! — disse ela, e desatou a chorar.

Quando o vovô Juca entrou no quarto, tinha pecinha de duplo por todo o lado, e Patrícia, sentada no

Chão, não parava de chorar.

Tuca parecia não entender o que estava acontecendo. Usava o cinto de ferramentas de brinquedo do Toninho, com um serrote, uma chave de fenda, e outras ferramentas. Ele segurava o martelo de plástico que tinha usado para derrubar a torre.

Vovô Juca entrou com cuidado para não pisar nas pecinhas e sentou-se na cama do Toninho.

— Tuca, você pode me contar o que aconteceu?

— Ia cair de qualquer jeito — explicou.

— Mas nós tínhamos acabado de construir a torre — disse Patrícia chorando.

— Ela não ia caber na caixa na hora de guardar. A gente ia ter que quebrá-la — continuou Tuca. — Foi por isso que eu derrubei a torre de uma vez.

— Entendo — disse o vovô Juca. — Concordo com você, Tuca. Vocês iam ter que guardar a torre uma hora ou outra. Mas, sabe, quando quiser desmontar algo, precisa lembrar uma coisa.

— O quê? — perguntou Tuca.

— Tem a hora certa de desmontar as coisas. Veja bem, você e Patrícia tinham acabado de construir a torre. Talvez ela quisesse brincar um pouco com ela antes de guardar. Você pensou nisso?

Tuca abanou a cabeça e olhou para o chão.

— Eu não quebrei por mal — disse.

— Eu sei, e não estou chateado com você — disse o vovô. — Você pode aprender com isso, como aprenderam Dentico e Briteco. ...

* * *

A empresa Maquininhas Ltda foi contratada para derrubar uma casa velha que não era mais segura para se morar, e depois construir uma casa nova. O velho Demolibol já estava trabalhando por algumas horas. Ele balançava com cuidado a sua grande bola de ferro e acertava as paredes derrubando tudo. Terminada a sua parte, Demolibol foi embora descansar.

Quando Demolibol foi embora, Dentico e Briteco apareceram e o sr. Supervisor explicou o que tinham que fazer.

— Alguns desses pedaços de entulho estão grandes demais para colocar nos caminhões. Preciso que vocês dois os quebrem em pedaços menores. Planador e Cargo logo vão chegar e levá-los para o aterro. Obrigado, rapazes.

— Deixe conosco — disse Dentico, e o sr. Supervisor foi embora.

Dentico usava seus dentes enormes para quebrar os pedaços de concreto, e Briteco furava os pedaços até eles partirem.

— Por que é que nós sempre temos que fazer esses trabalhinhos sem importância, Dentico? — perguntou Briteco. — Eu queria trabalhar de verdade.

— É, eu também — resmungou Dentico.

— Todos os outros podem trabalhar o tempo todo, e nós só ficamos parados, cansados de não fazer nada.

— Já sei. Quando terminarmos este trabalho, talvez possamos procurar outra coisa para derrubar.

— Boa ideia! Mas é melhor terminarmos logo isso aqui. Planador e Cargo já estão chegando.

Dava para ouvir o barulho da furadeira de Briteco e dos dentes do Dentico por toda a obra. Em pouco tempo tinham terminado tudo.

— Podem deixar com a gente agora — disse Cargo para os dois irmãos. — Obrigado pela ajuda.

— Podem deixar com a gente agora — sussurrou Dentico zombando. — Não gosto quando dizem isso. Todas as máquinas de construção pensam que são melhores que nós.

— Vamos mostrar para toda a Maquininhas Ltda que também somos úteis — sugeriu Dentico.

— É isso aí! Somos uma equipe que bota pra quebrar. E daí se não podemos construir.

Os dois irmãos começaram a andar pelo canteiro de obra procurando algo para derrubar.

— Que tal este murinho aqui? — perguntou Briteco a Dentico, apontando para um muro baixinho atrás da casa.

— Boa ideia — concordou Dentico. — Vamos mostrar para todos que somos tão bons quanto eles.

Com alguns furos aqui e ali, e esmagando um pouco, parte do muro caiu. Dentico e Briteco ficaram parados orgulhosos do trabalho que tinham feito.

— Minha nossa! — exclamou Escavinha. — Eu tinha acabado de tirar todo o entulho... Oh, não! O muro quebrou!

— Estamos trabalhando nesse muro. — Disse Dentico.

— Mas não era para quebrar esse muro! — disse Escavinha. — O sr. Supervisor me pediu para tirar todo o entulho de perto porque não era para ninguém quebrar o muro. Agora vamos ter que construir o muro de novo.

Dentico e Briteco olharam tristes para o chão.

— Está tudo bem? — perguntou o Demolibol, que viu o muro quebrado e entendeu o que havia acontecido.

— Pensamos que estávamos ajudando — explicou Briteco.

— Entendo — disse Demolibol. — Mas às vezes é melhor não fazer nada do que fazer a coisa errada. Vocês têm um trabalho específico para fazer, que é derrubar as coisas, como eu faço. Mas não podemos derrubar as coisas erradas, senão destruímos o trabalho dos outros.

— Desculpa. — disse Dentico.

— Eu fiz o mesmo quando era mais novo. — disse Demolibol. — Só que foi muito pior e levou muito mais tempo para consertar.

— Vocês dois são muito importantes. E mesmo se pensarem que não são tão úteis quanto as outras máquinas de construção, ainda assim são parte da equipe. Cada um tem um trabalho importante, inclusive vocês.

— Vamos nos lembrar dessa lição — disse Briteco. — E sentimos muito termos derrubado o muro, Escavinha.

— Tudo bem — disse Escavinha. — Podemos consertar.

— É melhor contarmos ao sr. Supervisor o que aconteceu. — disse Briteco. — Porque aí ele pode nos ajudar a consertar.

— Tenho certeza que ele vai entender — disse Demolibol.

Os dois irmãos foram explicar para o sr. Supervisor o que tinha acontecido. Ele foi compreensivo e ficou feliz por eles terem aprendido uma boa lição.

— Talvez eu possa arrumar mais alguma coisa para vocês fazerem. Assim vão se sentir mais úteis — disse o sr. Supervisor. — Sinto muito não ter arrumado mais coisas para vocês fazerem.

— Tudo bem — disse Dentico. — Adoraríamos ajudar em qualquer coisa que precisar.

* * *

— Patrícia, se quiser eu construo a torre para você — ofereceu Tuca. — Sinto muito ter deixado você triste.

— Tudo bem, eu te perdoo — disse ela. — Posso te ajudar a construí-la de novo. Eu gosto de construir torres!

— Vocês resolveram a situação muito bem — disse o vovô Juca. — Estou orgulhoso de vocês.

Tuca e Patrícia juntaram as peças de Duplo e reconstruíram a torre. Mas dessa vez ficou ainda maior e melhor.

Moral: Tem hora para construir e hora para derrubar. Se não tiver certeza do que é o certo a fazer na hora, pergunte aos seus pais ou professores.
Autoria de Katiuscia Giusti. Ilustrado por Agnes Lemaire. Colorido de Doug Calder. Design de Roy Evans.
Apresentado por My Wonder Studio. Copyright © 2008 por Aurora Produções AG, Suíça. Todos os direitos reservados.

Histórias do Vovô Juca: Dino e Cia: “Minha Nossa, Milton!”

MP3: Grandpa Jake’s Storybook: "My Oh My, Milton!" (English)
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Era uma linda tarde de domingo e Toninho estava montando seu trenzinho de Legos na sala. Havia peças de Legos e trilhos espalhados por toda a parte.

— Puxa vida! — exclamou o vovô Juca ao ver a bagunça, e andando com cuidado para não pisar nas peças. — Estava procurando você lá em cima.

— Desci para brincar aqui — explicou Toninho. — Não tinha lugar no meu quarto.

— Eu sei por quê. Seu quarto está tão bagunçado que mal consegui abrir a porta.

— A mamãe vai arrumá-lo depois — disse Toninho. — Ela gosta de limpar a casa.

— Sabe, Toninho, na verdade guardar as coisas que você usa e deixa por aí é um trabalhão para a sua mãe. Sabia que aprender a guardar as coisas que usa e ser responsável faz parte de crescer?

Toninho balançou a cabeça afirmativamente com um suspiro:

— Não gosto de ficar guardando e arrumando as coisas porque demora muito!

— É por isso que você precisa aprender a ir arrumando aos poucos, em vez de deixar tudo virar uma grande bagunça.

— Mas por que é importante guardar e arrumar as coisas, vovô? — perguntou Toninho.

— Boa pergunta. Vou lhe contar uma história que o ajudará a entender a importância de ser arrumado e responsável.

Toninho aconchegou-se no sofá, prontinho para a história.

— Por que não arruma os Legos primeiro? — sugeriu o vovô Juca.

— OK — concordou Toninho. — Depois o senhor me conta a história?

— Negócio fechado!

* * *

Seu Nestor chegou na escola com uma caixa grande nas mãos:

— Bom dia, turma — disse ele, colocando a caixa sobre a mesa.

— Bom dia, Seu Nestor — respondeu a classe.

— Tiveram um bom fim de semana?

— Tivemos sim senhor — responderam os dinossauros.

— Desculpe-me, Seu Nestor, mas o que tem aí dentro dessa caixa? — perguntou Dina.

— É... tenho uma surpresa para vocês. Esta semana vamos nos concentrar em aprender a sermos responsáveis, termos bons modos e sermos limpos e arrumados. Dei a cada um de seus pais uma tabela para preencherem esta semana. Cada vez que forem responsáveis em suas tarefas, tiverem bons modos e estiverem limpos e arrumados, eles marcarão na tabela. No final da semana, os três dinossauros que se saírem melhor ganharão um prêmio cada.

Seu Nestor abriu a caixa e tirou um saco com uma pequena barraca estilo iglu. Depois retirou um kit para pintura completo, com um cavalete e paleta*. O terceiro item era um kit para montar um carrinho de puxar.

Milton ficou de olhos arregalados ao ver o carrinho de puxar. Era algo que ele sempre quis.

A aula prosseguiu, mas Milton não conseguia tirar aquele carrinho da cabeça. Ele estava tão interessado no prêmio que não prestou muita atenção ao que o Seu Nestor disse que era preciso fazer para ganhar um prémio.

Ao voltar para casa, perdido em seus pensamentos sobre o carrinho, não percebeu que estava andando

no meio de poças de lama. Quando chegou, seus sapatos e calça estavam cobertas de uma lama grossa e já endurecida.

— Milton, meu filho, o que é que você fez? — perguntou sua mãe ao vê-lo chegar à caverna da família.

— É só lama, mãe! — disse ele. — Depois eu troco.

— Mas e a tabela que o Sr. Nestor me deu? Não posso lhe dar uma boa marca se não se limpar imediatamente.

— Tudo bem — disse Milton suspirando.

Trocou a calça bem rapidinho, mas não limpou os sapatos, e foi deixando pegadas de lama por todo o chão da caverna.

Mais tarde, naquela noite, quando seu pai chegou, cumprimentou sua esposa e Milton, mas este não respondeu, pois estava ocupado demais brincando com seus brinquedos.

O pai sentou-se em sua poltrona favorita, mas assim que se sentou, soltou um grito estrondoso:

— Aiiiiiii!

— O que aconteceu? — quis saber sua esposa.

— Sentei em cima de alguma coisa!

Tinham vários bloquinhos na cadeira, que Milton se esquecera de guardar. A mãe sacudiu tristemente a cabeça.

A semana foi passando e Milton não conseguia manter as roupas limpas. Tinha passado com seus caminhõezinhos sobre a lama, sem limpá-los depois, e agora as rodas não giravam porque a lama tinha secado. O quarto dele estava uma bagunça, e os brinquedos espalhados por todos os cantos. Ele não

estava sendo diligente em suas tarefas.

— Minha nossa, Milton! — exclamou Seu Nestor, quando Milton chegou na escola na semana seguinte.

Milton estava um desastre! No caminho para a escola, foi correr atrás de uma borboleta e acabou rasgando as calças numa cerca. Pisou numa poça e molhou a roupa, e ainda por cima chegou atrasado.

Quando finalmente chegou à escola, o Seu Nestor já tinha distribuído os prêmios.

Lilico ganhou a barraca estilo iglu; Susi, o kit de pintura; e Bela, o carrinho de puxar.

Milton abaixou a cabeça tristonho e foi então que percebeu como suas roupas estavam enlameadas e rasgadas.

— Sinto muito, Seu Nestor. Eu realmente queria o carrinho de puxar, mas acho que preciso aprender

a ser mais arrumado e ter bons modos.

Milton voltou para casa naquele dia meio triste.

— Não ganhei o prêmio na escola hoje — explicou para a mãe.

— Sabe, Milton, não consegui lhe dar um único pontinho positivo na sua tabela — disse a mãe. — Tentei incentivá-lo a guardar suas coisas, mas você não me deu ouvidos.

— Mas, mamãe, é tão difícil ser limpo e arrumado! — disse Milton.

— Podemos orar juntos e pedir a Jesus para ajudá-lo a ser mais responsável e educado. Eu sei que é difícil, mas faz parte de crescer, e quanto mais você agir assim, mais fácil será.

— Por que não tentamos novamente marcar a tabela do Seu Nestor? Podemos tentar por algumas semanas e ver como você se sai.

— Gostei dessa ideia — disse Milton.

Nas semanas seguintes, Milton se esforçou ao máximo para ser limpo e arrumado. No começo foi meio difícil, mas quanto mais fazia suas tarefas, se lembrava de guardar as coisas que usava e de se manter apresentável, mais fácil ia ficando.

Então, certa noite seu pai levou para casa um carrinho de puxar igual ao que Bela ganhara e o deu de presente a Milton como recompensa por ser fiel em fazer suas tarefas e ser educado.

Que alegria Milton sentiu! E quer saber uma coisa? Daquele dia em diante ele ficou conhecido por ser sempre educado, diligente arrumado.

* * *

— Quero fazer o melhor que puder para ser mais limpo, arrumado e organizado, vovô — disse Toninho.

— Que maravilha! — respondeu o vovô Juca. — Tenho certeza que isso vai deixar sua mãe muito feliz.

— Vou lá em cima arrumar meu quarto. Quando a mamãe chegar ela vai até levar um susto ao ver tudo arrumadinho. — exclamou Toninho.

Moral: Quando as pessoas veem que você é responsável e cuida bem das coisas que ganha, elas se sentem motivadas a lhe dar outras coisas, porque sabem que você vai cuidar bem delas.
Autoria de Katiuscia Giusti. Ilustrado por Agnes Lemaire. Colorido de Doug Calder. Design de Roy Evans.
Apresentado no My Wonder Studio. Copyright © 2008 por Aurora Production AG, Switzerland. Todos os direitos reservados.
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