0-5 vagarildo e ligeirinho Arquivos

As Aventuras de Vagarildo e Ligeirinho: Bem Vindo de Volta ao Lar, Webber!

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CROAC, CROAC!

—Estou escutando um sapo! — disse Ligeirinho. — Talvez o Saltitante tenha voltado da sua viagem.

—Espero que sim. Já faz muito tempo que ele partiu. Suba no meu casco e veja se vê alguma coisa.

Ligeirinho ficou na ponta dos pés, esticou o pescoço o mais que podia e deu uma espiada por cima dos juncos.

Vagarildo ia andando ao longo da margem, enquanto Ligeirinho examinava o lago, à procura do que fazia aquele barulho, quando de repente...

CROAC! CROAC!

—AAHHH! — gritou Ligeirinho, que perdeu o equilíbrio e caiu do casco de Vagarildo em cima da grama na margem do lago.

Estava prestes a subir de novo quando percebeu que tinha dois grandes olhos o observando.

—Saltitante? — perguntou.

—Sim. Sou eu! — disse Saltitante.

—Assustei você, Ligeirinho? — perguntou Saltitante.

—De jeito nenhum! Eu não fiquei assustado… ah... bem, acho que fiquei um pouquinho.

Saltitante sorriu com a sua grande boca de sapo.

—É bom estar de volta. Senti falta de vocês.

—Quer nadar? — perguntou Vagarildo.

—Sempre — respondeu Webber.

—Antes de Ligeirinho poder dizer uma única palavra, Vagarildo e Saltitante mergulharam na água e nadaram para o meio do lago.

—Esperem por mim! — gritou Ligeirinho.

Ligeirinho olhou em volta, e pegou alguns gravetos e uma folha grande. Depois entrou devagarzinho no lago para flutuar em cima da folha.

Ligeirinho subiu na enorme folha que havia arrastado até a água. Usou os gravetos como remos e remou até aonde estavam Saltitante e Vagarildo.

É uma chatice eu não saber nadar, pensou Ligeirinho. Sempre que Vagarildo e Saltitante brincam na água, esquecem que eu nunca aprendi a nadar.

De repente, o lago tranquilo começou a se mexer. As ondas sopraram o barco de Ligeirinho feito uma folha. Uma onda de água fria quebrou em cima da sua cabeça e levou embora ambos os remos dele.

—Socorro! Socorro! — gritou Ligeirinho.

Mas Vagarildo e Saltitante não o escutaram. Estavam muito entretidos brincando.

—Eu consigo fazer uma onda muito maior do que você — disse Saltitante, desafiando Vagarildo e pulando de um tronco. Ele se enrolou feito uma bola, e caiu na água com um estrondo.

Vagarildo e Saltitante riram.

As ondas ficaram cada vez maiores, à medida que Vagarildo e Saltitante tentavam fazer ondas maiores. O pobre Ligeirinho se agarrava com toda a força à beirada da folha, para não afundar.

E foi então que aconteceu …

SPLASH!

Vagarildo e Saltante juntos fizeram a maior onda de todas, a qual arrancou Ligeirinho da folha e o jogou dentro da água.

—Socorro! — gritou Ligeirinho. Debateu-se freneticamente, na tentativa de se manter à tona, mas logo começou a afundar. Ligeirinho ficou com medo.

—Por favor, Deus, me ajude — orou.

Nesse momento, sentiu que foi levantado e arrancado rapidamente da água. Antes dele conseguir entender o que acontecera, se encontrou sentado na beira do lago, tossindo e cuspindo.

—Rana, a irmã de Saltitante, veio em Socorro de Ligeirinho.

—Vagarildo! Saltitante! Vocês quase perderam um amigo! — gritou ela lá da margem.

Vagarildo e Saltitante nadaram em direção ao amigo o mais rápido que podiam.

—Que aconteceu com você? — perguntou Vagarildo saindo da água.

Ligeirinho fez uma expressão zangada, e virou as costas aos dois amigos.

—Vocês me abandonaram! — respondeu Ligeirinho. — Tentei acompanhar vocês. Até os chamei!

—Mas nós estávamos brincando — exclamou Saltitante.

—Eu sei! — respondeu Ligeirinho zangado. — Se não fosse a Rana, vocês sabem o que teria acontecido comigo.

—Sentimos muito, Ligeirinho — disse Vagarildo. — Esquecemos que você não sabe nadar.

—Na próxima vez, vamos tentar prestar mais atenção — respondeu Vagarildo. — Você nos perdoa?

—Claro que lhes perdoo, — respondeu Ligeirinho, com um suspiro. No final das contas, vocês são meus amigos — e, ainda por cima, os melhores amigos!

Ele deu um grande abraço molhado aos amigos.

—Na próxima vez, vamos pensar em algo que inclua você também, — disse Saltitante para Ligeirinho.

—É legal vocês dizerem isso, mas eu não me importo de vocês nadarem juntos. Sei que gostam de nadar. Mas talvez eu possa fazer outra coisa em vez de tentar segui-los. ... Foi bem assustador! Graças a Deus por me proteger.

—Obrigada por me salvar, Rana! — disse Ligeirinho.

—Foi um prazer — respondeu ela, dando um enorme sorriso de rã, igualzinho ao do seu irmão.

—Talvez possamos lhe ensinar a nadar — disse Vagarildo.

—Gostaria muito, Vagarildo.

Os quarto amigos dirigiram-se para a floresta, rindo e brincando. Tinham aprendido a ter mais consideração uns pelos outros, e isso os tornou ainda melhores amigos.

Não percam os outros títulos desta série: “Vagarildo e Ligeirildo,” “Amigos Diferentes,” e “Lulu, Fofinho, e o Mel.”
Autoria de Katiuscia Giusti. Ilustrado por Hugo Westphal. Design de Roy Evans.
Apresentado no My Wonder Studio. Copyright © 2004 por Aurora Production AG. Todos os direitos reservados. Usado com permissão.

As Aventuras de Vagarildo e Ligeirinho: Lulu, Fofinho, e o Mel

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Vagarildo e Ligeirinho andavam pela floresta, quando ouviram duas abelhas passando por eles.

—Vou pegar você! — disse uma abelha.

—Pare de me perseguir! — gritou a outra abelha. — Eu não fiz nada.

—Piloto? — perguntou Ligeirinho.

—Não posso falar agora. Preciso pegar a Lulu. Ela roubou o meu mel!

—Não roubei nada! —gritou Lulu, voando por entre as árvores. Mas alguns minutos depois, Lulu estava ficando cansada, e gritou:

—Salvem-me!

Mas nem Vagarildo nem Ligeirinho sabiam o que fazer.

—Estou quase te pegando! — disse Piloto.

Ele chegou mais perto, agarrou Lulu e jogou-a no chão. Lulu deu um grito.

—Onde está o meu mel? — perguntou Piloto chateado.

—Não está mais comigo — respondeu Lulu, e começou a chorar.

—Você comeu o mel todo?” — respondeu Piloto.

—Não. Eu só não o tenho. Desculpe.

—Mas Piloto só ficou cada vez mais chateado, o que fez Lulu chorar ainda mais.

—Piloto, ela pediu desculpa — disse Vagarildo.

—Mas ela ainda levou o meu mel.

—Mesmo assim, fazê-la chorar não vai trazer o seu mel de volta — disse Vagarildo.

Piloto bufou de raiva e largou Lulu.

—Ainda estou bravo com você — disse a ela.

—O que aconteceu? — perguntou Ligeirinho.

Lulu gaguejou entre soluços:

—Eu… Eu…

—Você sabe o que fez — disse Piloto. Não tem desculpa.

—Piloto, por favor, deixe a Lulu explicar porque pegou o mel — disse Vagarildo.

—Sim, conte-nos o que aconteceu — disse Vagarildo para Lulu.

—Bem, eu saí da colmeia hoje de manhã …

Estava um dia perfeito para pegar néctar, e Lulu saiu da colmeia bem cedinho. Ela agradeceu a Deus por lhe dar um dia tão lindo e um lar tão feliz, e saiu zumbindo por ali procurando as flores mais bonitas e doces.

Um gemido triste ecoou pelo ar. Lulu seguiu o som e encontrou um filhote de urso todo encolhido nos arbustos. Voou até mais perto, para ver melhor o que estava acontecendo.

—Qual é o problema? — perguntou ela ao filhote.

—Estou perdido! — choramingou ele.

—Oh não. O que aconteceu?

—Eu estava brincando e me distanciei da minha mãe. Quando me virei, ela tinha desaparecido. Não consigo encontrá-la. Estou assustado e com fome.

—Qual o seu nome? —perguntou Lulu.

—Fofinho.

—Olha, Fofinho, talvez eu possa ajudá-lo — ofereceu-se Lulu. Se está com fome, um pouco de mel iria animá-lo?

—Eu adoro mel!

—Então espere bem aqui. Daqui a pouco eu volto.

—Lulu deixou o filhote perto de uns arbustos, e depois voou para a sua colmeia.

Ela voou de um lado para outro carregando mel da colmeia em pequenas folhas. Fofinho lambia o mel das folhas, enquanto ela se apressava para pegar mais. Mas logo logo o mel de Lulu acabou.

—Ainda está com fome? — perguntou a Fofinho.

—Um pouquinho.

Lulu pensou por um instante. O que vou fazer? Ah, tive uma excelente ideia!

Lulu voltou para a colmeia.

—Piloto! Piloto — chamou. Mas não obteve resposta.

—Deve estar lá fora recolhendo mel. Vou pegar um pouco do mel dele emprestado e lhe dizer quando o vir. Posso lhe dar um pouco do meu assim que tiver mais. Tenho certeza que ele não vai se importar.

Lulu pegou um pouco de mel do Piloto, colocou-o sobre folhas e voou de novo para onde Fofinho se encontrava.

—Muito obrigado, Lulu — disse Fofinho, bocejando e se esticando. — Já me sinto muito melhor.

—Porque você não tira uma soneca, Fofinho, enquanto eu vejo se encontro a sua mãe?

—Você é uma abelha muito amável.

—Só estou feliz de poder ajudar.

Lulu saiu voando, e Fofinho se aninhou e adormeceu. Pouco depois, Lulu voltou com a mãe de Fofinho.

—Muito obrigada por ajudar o meu pobre Fofinho perdido — disse a mãe para Lulu.

—É um prazer. Tchauzinho!

Lulu foi procurar mais néctar. De repente, ela escutou a voz zangada de Piloto chamando seu nome. Ai não, pensou ela. Ele não parece nada feliz.

—Desculpe, Lulu — exclamou Piloto. Eu estava tendo um dia difícil. Devia ter deixado você explicar primeiro o que tinha acontecido.

—Tudo bem — respondeu Lulu. — E vou me certificar de devolver todo o mel que peguei de você.

—Não se preocupe com isso. Eu tenho mel suficiente.

—Estão vendo como ajuda conversar sobre as coisas? — disse Vagarildo.

—Todos passamos por mal entendidos, até mesmo com nossos amigos — disse Ligeirinho.

—É sempre melhor conversarmos sobre as coisas antes de ficarmos chateados, porque pode ser que não tenhamos entendido tudo.

—Você tem razão — disse Piloto. — Na próxima vez vou tentar lembrar isso.

—Sabem uma coisa, toda esta conversa sobre mel está me deixando com fome — disse Ligeirinho, lambendo os lábios.

—Então me sigam, amigos — disse Piloto. — Acho que ainda tenho mel suficiente para compartilhar.

Não percam as outras histórias desta série: “Vagarildo e Ligeirinho” e “Amigos Diferentes”.
Autoria de Katiuscia Giusti. Ilustrado por Hugo Westphal. Design de Roy Evans.
Apresentado no My Wonder Studio.
Copyright © 2004 por Aurora Production AG. Todos os direitos reservados. Usado com permissão.

As Aventuras de Vagarildo e Ligeirinho: Amigos Diferentes

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Era uma linda manhã. O céu estava azul, e uma ligeira brisa soprava as folhas e a erva. Vagarildo foi caminhando até à beira do Lago dos Juncos.

—Bom dia, Vagarildo! — disseram em coro duas libélulas ao passarem esvoaçando pelo lago.

—Bom dia, Fli! Bom dia, Flu! — respondeu Vagarildo acenando para elas.

—Vagarildo, onde você está? — perguntou alguém.

Era, Ligeirinho, o seu melhor amigo, que vinha correndo em direção à margem do lago onde Vagarildo se encontrava.

—Aqui — respondeu Vagarildo.

Ligerinho desceu a ladeira correndo, mas de repente seu pé ficou preso numa raiz.

BAMP! BONC! BAMP! O pobre Ligeirinho rebolou pelo monte abaixo, e aterrissou todo enrolado, coberto de folhas, erva e terra.

Vagarildo apressou-se para socorrer o amigo, que estava sentado no chão, mas parecia meio atordoado.

Quando Ligeirinho olhou para Vagarildo, perguntou:

—Quem é o seu amigo?

—O meu amigo? — perguntou Vagarildo curioso. — É você.

—Não, aquele que é igualzinho a você.

—Não tem ninguém aqui comigo, Ligeirinho — respondeu Vagarildo. — Você está bem, Ligeirinho?

—Ah, agora só tem um que nem você — disse Ligeirinho, cuspindo erva e terra. — Mas eu tenho certeza que vi dois que nem você. Para onde foi o seu amigo?

—Você deve ter batido a cabeça quando rolou monte abaixo.

—Provavelmente, mas acho que agora estou bem.

Mas quando Ligeirinho tentou ficar de pé, não ficou muito firme. E caiu no chão com um estrondo.

—Por que você estava me procurando? — perguntou Vagarildo, enquanto esperava Ligeirinho recobrar o equilíbrio.

—A minha mãe disse que eu podia convidá-lo para o café da manhã. Você gostaria de vir?

—Seria legal! — disse Vagarildo. — Vou perguntar para a vovó Dirce.

Vagarildo vivia com a vovó Dirce desde pequeno. Ela era amável e atenciosa, e Vagarildo a amava muito.

—É melhor irmos depressa — disse Ligeirinho. — A mamãe vai ficar nos esperando.

—Mas não rápido demais — respondeu Vagarildo, ou podemos acabar rolando ambos encosta abaixo.

Os dois amigos riram.

—Vagarildo — chamou a vovó Dirce — não se esqueça de agradecer à Sra Mabel pelo café da manhã.

—Agradeço sim! — respondeu Vagarildo.

—Posso pegar carona nas suas costas? —perguntou Ligeirinho.

—Pode subir.

Quando Ligeirinho subiu nas costas de Vagarildo, pegou um punhado de flores de madresilva e começou a cantar.

—Localizamos o alvo.

—Você ouviu? — perguntou Ligeirinho.

—Ouvi o quê? — perguntou Vagarildo.

—Preparar. Lá vamos nós!

—Lá está de novo — disse Ligeirinho, olhando em volta sobressaltado. — Estou ouvindo uma abelha!

Ligeirinho morria de medo de abelhas. Ele se abaixou, mesmo estando em cima das costas de Vagarildo, com os olhos esbugalhados de medo.

De repente … BZZZZ! Uma abelha passou raspando pelo focinho de Ligeirinho.

—Ahhh! — gritou Ligeirinho, quase caindo das costas de Vagarildo.

—Erramos o alvo — gritou a voz que parecia um zumbido. — Vamos tentar de novo.

E com isso, a abelha desceu disparada e aterrissou direto numa das flores de madressilva que Ligeirinho estava segurando.

Ligeirinho deu um grito e jogou as madressilvas para o ar.

—Corra, Vagarildo! — gritou ele, escondendo-se atrás de um arbusto. — É uma horrível abelha!

—Eu? Uma horrível abelha? — exclamou a abelha, parecendo magoada. — Por que você diz isso?

Ligeirinho espreitou lá do arbusto e disse:

—Porque você está tentando me picar!

—Por que haveria eu de picar você? —perguntou a abelha.

—P-porque — gaguejou Ligeirinho — você já tentou me atacar duas vezes.

—Atacar você? — disse a abelha rindo. — Eu estava querendo a madressilva, não você!

Ligeirinho ficou perplexo.

—Por que você queria a madressilva?

—Para fazer mel — respondeu Piloto. — As abelhas usam o néctar das flores para fazer mel.

—Ah, disse Ligeirinho, ainda não muito tranquilo em relação à abelha.

—Olha, desculpe ter assustado você — explicou a abelha. — Meu nome é Piloto.

—Eu sou Ligeirinho — disse ele, saindo do arbusto. E este é o meu amigo Vagarildo.

—Oi — disse Vagarildo.

—Desculpe-me também, Piloto — disse Ligeirinho. — Não devia ter chamado você de abelha horrível. Fiquei assustado. Na realidade, você é uma abelha muito amigável.

Piloto riu.

—Esse é um ótimo elogio. Quem diria que eu ia encontrar novos amigos numa viagem de rotina para coletar néctar?

—A mamãe está nos esperando — disse Ligeirinho. — Precisamos nos apressar! Talvez possamos ver você de novo em breve.

—Eu gostaria muito — disse Piloto, voando. — Até à próxima!

—Estava me perguntando quando é que vocês dois iam chegar — disse a Sra. Mabel.

—Oi mãe. Fizemos um novo amigo — explicou Ligeirinho. — É uma abelha.

—É mesmo? Achei que você tinha medo de abelhas.

—No começo eu fiquei com medo de Piloto, mas acho que agora vamos ser amigos. É diferente de mim, mas já gosto dele.

A Sra. Mabel sorriu.

—Que maravilha! Deus nos fez diferentes, mas todos temos algo especial para oferecer aos outros.

Não percam a história de “Vagarildo e Ligeirinho” e sua emocionante aventura no parque de diversões!
Autoria de Katiuscia Giusti. Illustrado por Hugo Westphal. Design de Roy Evans.
Apresentado no My Wonder Studio.
Copyright © 2004 por Aurora Production AG, Suíça. Todos os direitos reservados. Usado com permissão.
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