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Conheça Amy Carmichael
Lugar onde nasceu: Millisle, Norte da Irlanda
Data de nascimento: 16 de dezembro de 1867
Família: A mais velha de sete filhos
Países onde viveu como missionária: Japão, Índia
Amy Wilson Carmichael (1867–1951) foi missionária no Japão e mais tarde na Índia, onde abriu um orfanato e fundou uma missão em Dohnavur. Ela é conhecida por resgatar crianças que suas famílias haviam dedicado para serem escravas do templo. Também ficou conhecida pela sua paixão de falar a outros sobre o amor de Deus. Amy trabalhou na Índia por cinquenta e cinco anos, e escreveu muitos livros sobre o trabalho missionário lá.
A bordo do navio que a levaria a seu primeiro campo de missão, o Japão, o capitão foi convertido ao cristianismo depois de observar a atitude positiva de Amy em relação à sujeira e aos insetos no navio.
Amy superou muitas dificuldades e obstáculos durante seus anos de serviço missionário. Seguem-se apenas alguns:
Obstáculo: O trabalho missionário na Índia era perigoso. Cada vez que um Hindu de casta1 superior se convertia, seguia-se uma onda de perseguição. Toda a comunidade Hindu não se poupava esforços para dificultar a vida dos cristãos. Obrigavam escolas missionárias a fechar, queimavam os livros da missão, destruíam igrejas, espancavam os missionários e abriam inúmeros processos na justiça.
Forma de superação: Amy viajava e pregava vestida em trajes indianos, apesar disso ser considerado vergonhoso pelos outros missionários da época, que achavam que ela deveria se vestir conforme os costumes do Ocidente. Vestindo um sari e com a pele manchada, ela passava por Hindu, e isso contribuiu muito para o seu sucesso como missionária.
Lição de Amy sobre “tornar-se um”
O apóstolo Paulo disse certa vez: “Eu me torno tudo para todos a fim de poder, de qualquer maneira possível, salvar alguns. Faço isso por causa do Evangelho, a fim de tomar parte nas suas bênçãos.” (1 Coríntios 9:22–23 NVI).
Amy também aprendeu a importância dessas palavras de Paulo. Uma vez no Japão, antes de aprender o idioma, Amy saiu para falar às pessoas sobre Jesus. Seu intérprete, Misaki-san, sugeriu que Amy usasse um kimono, mas Amy preferiu seu traje ocidental e saiu com ele. Os dois visitaram uma senhora doente, que parecia interessada no evangelho. Exatamente quando Amy ia lhe perguntar se queria receber o Senhor, a mulher reparou em suas luvas forradas de pele e perguntou o que eram. A mulher não quis aceitar a salvação.
Enquanto dirigiam de volta para casa, Amy chorou amargamente. Prometeu que nunca mais arriscaria tanto por tão pouco. A partir de então ela usava roupas nativas quando saia para falar de Jesus para as pessoas.
Obstáculo: Amy sofria de nevralgia, uma doença dos nervos que deixava seu corpo fraco e com dores e muitas vezes a mantinha de cama por várias semanas.
Forma de superação: Muitas vezes, quando a doença a mantinha de cama por vários meses, Jesus colocava em seu coração orar para que as pessoas da Índia aprendessem sobre o amor de Jesus, e suas orações ajudaram mais pessoas a receber as boas novas.
Obstáculo: Devido a antigos hábitos da Índia, crianças eram doadas para os templos hindus para trabalharem como escravas. Algumas famílias também abandonavam bebês meninas por causa da sua pobreza e por não terem meios de sustentá-las. (Os meninos eram considerados mais valiosos do que as meninas, uma vez que podiam fazer alguns trabalhos manuais para ganhar dinheiro para sua família. Os pais também tinham que pagar um dote para a família do marido das filhas que casavam, o que era difícil para as famílias pobres.)
Forma de superação: A maior parte do trabalho de Amy consistiu em resgatar essas crianças que haviam sido dedicadas a esses templos. Certa vez parecia que Amy seria realmente presa e mandada para uma cadeia indiana acusada de sequestro; ela teria que cumprir uma pena de sete anos. Mas Amy não foi para a prisão. Chegou um telegrama dizendo. “Caso criminal encerrado”. Nunca foram dadas explicações, mas aqueles que conheciam Deus suspeitaram que Ele havia interferido na decisão.
Durante a vida de Amy, mais de mil crianças foram salvas de negligência e abuso. Aqueles que haviam sido resgatados por ela, a conheciam como “Amma”, o que significa “mãe” em Tâmil. Seu trabalho era frequentemente perigoso e esgotante, mas ela nunca esqueceu a promessa do Senhor de protegê-la e os que estavam aos seus cuidados.
1 casta: classe social separada de outros por distinções de grau hereditário, profissional ou riqueza.
Contribuição de R. A. Watterson, baseado em trechos da internet. Ilustrações de Danielle. Design de Roy Evans.Publicado pelo My Wonder Studio. Copyright © 2022 por A Família Internacional
O Céu é o Limite!
“Novamente Jesus disse: ‘Paz seja com vocês! Assim como o Pai me enviou, Eu os envio’”.1
“E lhes disse: ‘A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Portanto, peçam aos trabalhadores da colheita que mande trabalhadores para a Sua colheita’”.2
“E como ainda alguém pode ouvir falar dele se ninguém o proclamar? E como alguém pode proclamá-lo se não for enviado? Como está escrito: ‘Como são belos os pés dos que anunciam boas novas’”.3
Você pode se empenhar em espalhar a mensagem do amor e esperança de Deus onde estiver. Pode ser um mensageiro do evangelho quando estiver estudando, e em qualquer coisa que decidir fazer ou ser quando crescer.
No decorrer das eras, muitos homens e mulheres foram chamados para deixar suas profissões e dedicar sua vida a pregar o Evangelho para aqueles que nunca o tinham ouvido. Contudo, teve homens e mulheres de Deus que também desempenharam outros papéis. Na Bíblia, alguns foram profetas, outros foram reis ou rainhas, e outros ainda pregaram o evangelho enquanto faziam outras coisas. Eram carpinteiros, cozinheiros, conselheiros, músicos, professores, construtores, contadores, fabricantes de tendas, tecelões, joalheiros, artistas, jardineiros, advogados ou médicos.
Para Deus, é importante você compartilhar o Seu amor quer seja um missionário quer não. O que qualifica você a ser Seu mensageiro é o desejo e determinação de compartilhar a sua fé e de mostrar o amor de Deus na sua interação com as pessoas à sua volta. O que fala mais alto é a forma como vive a sua fé — a maneira como lida com os desafios, com pessoas de personalidade difícil, como defende valores cristãos como honestidade e moderação, e dá a Deus o crédito pelos seus sucessos.
Deus pode usar você de qualquer jeito que você Lhe permita.
Portanto, quando focar toda sua atenção na meta de ser um artista, médico, advogado, piloto, missionário em tempo integral, ou seja o que for, lembre-se sempre de manifestar o Seu amor pelos outros. Se o fizer, Deus poderá usá-lo de formas que você nem imaginava serem possíveis para ajudar os outros a conhecerem o Seu grande amor por eles. O céu é o limite — a menos que você queira ser um astronauta. Então… quem sabe?
Referências
1 João 20:21 NVI
2 Lucas 10:2 NVI
3 Romanos 10:14–15 ESV
Autoria de Nina Kole, adaptado. Ilustrado por Nozomi Matsuoka. Design de Roy Evans.Publicado pelo My Wonder Studio. Copyright © 2018 por A Família Internacional
Missionários Famosos: James Gilmour

James Gilmour (1843–1891), Escocês, foi missionário na Mongólia e, apesar de sozinho, desenvolveu empreendimentos heróicos para pregar o Evangelho para um povo com fortes raízes budistas. Ele passava o verão com os nômades[1] mongóis nas planícies da Mongólia, e o inverno com os mongóis em Pequim [Beijing]. Ele adotou o modo de vestir e a cultura do país, aprendeu a língua deles, muitas vezes viajava a pé e morava nas suas yurts.[2]
Ele trabalhou no leste da Mongólia até a sua morte, aos quarenta e sete anos de idade, depois de dedicar vinte e um anos de sua vida ao trabalho missionário.
Ele estava disposto a ser tudo para ganhar alguns troféus para a cruz. Tornou-se vegetariano para ganhar alguns. Vestiu-se como balconista e comeu mingau ao jeito nativo, nas ruas, para ganhar almas para Cristo. Suas despesas diárias eram de aproximadamente seis cêntimos.
Quando chegava a uma nova cidade, ele montava sua tenda na rua principal, e desde cedo até à noite curava os doentes, pregava e conversava com os curiosos. Durante uma campanha de oito meses, ele atendeu 6 mil pacientes, pregou para quase 24 mil pessoas, vendeu 3 mil livros, distribuiu 4500 folhetos, viajou mais de 3000 Km, e gastou 200 dólares. E acrescentou, tristemente, que apenas duas pessoas confessaram o Senhor abertamente. Ele desejava muito ter ajuda no seu campo, mas a sociedade missionária da qual fazia parte não conseguiu ninguém. Finalmente, quando conseguiu ajuda, a primeira coisa que a pessoa fez foi mandar Gilmour para a Inglaterra de licença. Ele ganhou poucas almas durante sua vida, mas depois da sua morte muitos se converteram devido à sua influência. Os mongóis o denominavam carinhosamente de “O nosso Gilmour”.
(James Gilmore: Mongolia’s: Our Gilmore, acessado dia 8 de março de 2012.)
Descubra mais!
Se quiser saber mais sobre este homem de fé, leia a bibliografia missionária de James Gilmour em “Mongolia’s: ‘Our Gilmour’”
Aqueles que são sábios reluzirão com o fulgor do céu, e aqueles que conduzem muitos à justiça serão como as estrelas, para todo o sempre. (Daniel 12:3 NVI)
Disse-lhes: Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas.” (Marcos 16:15 NVI)
[1] nômade: integrante de grupo de pessoas que se mudam regularmente de um lugar para outro em busca de comida e água ou de pasto para seu gado.
[2] yurts: tendas circulares feitas de feltro ou lã, muito comuns entre os nômades da Mongólia.
Diálogo:
Sequência 1:
Labels: Mongólia, Ultan Bator, China, Casaquistão, Rússia
Labels: Yults Nômades, Nômades com um camelo de carga
Text under picture of James Gilmour: James Gilmour vestido para fazer uma caminhada
S&S link: Vida e fé cristãs: Testemunhar e Treinamento Missionário: Vida Missionária -2c
Contribuição de R. A. Watterson, baseado em trechos da web. Ilustrações de JNH. Tradução Leonor Marques. Revisão Denise Oliveira.Copyright © 2012 por A Família Internacional