Meu Estúdio Maravilhoso
As Aventuras de Daniel e Seus Amigos, 2ª Parte
Sexta-feira, Janeiro 6, 2023
3º Capítulo: O Sonho Esquecido

BAM! BAM! BAM! BAM!

Daniel mexeu-se na cama meio adormecido.

BAM! BAM! BAM! BAM!

— Abram a porta em nome do rei Nabucodonosor!

Daniel bocejou, despertando do seu descanso. Arregalou os olhos quando ouviu as vozes e o barulho das botas dos soldados no andar térreo! E então, pela segunda vez na sua vida, um monte de soldados babilônios invadiram o seu quarto, desta vez chefiados por Arioque, capitão da guarda do rei.

— Você e os seus três amigos hebreus estão presos! O rei ordenou que vocês fossem mortos!

— Mas por quê? O que nós fizemos?

— Vocês fazem parte dos sábios do rei, não fazem? Eu tenho ordens para matar todos os sábios da Babilônia!

Espere! Por que o rei passou um decreto tão severo assim?

— Porque ele está farto de gente do seu tipo! Ele chamou vocês de um bando de bajuladores, malandros impostores e charlatões!

— Olhe Arioque, meus amigos e eu mal começamos a servir o rei como sábios, e esta manhã nem estávamos na corte! Então, pelo menos me diga o que aconteceu!

— Ora, a noite passada o rei teve um sonho que o perturbou muito, e chamou os seus conselheiros mais antigos para interpretá-lo. O único problema era que ele não conseguia se lembrar do sonho. Ele prometeu que se eles se lembrassem do sonho para ele, e lhe dissessem o que o sonho significava, receberiam presentes, recompensas e grandes honras. Mas se não conseguissem fazer isso, então seriam mortos. Por aí dá para ver como o rei está desesperado para saber o significado do sonho.

Daniel começou a sentir que isso poderia ser uma situação preparada pelo Senhor, então disse pensativamente:

— Ah, entendo. E o que foi que os sábios disseram ao rei?

— Eles insistiram que não existia ninguém na Terra que pudesse fazer o que o rei pediu! Nunca um rei, por mais grande e poderoso que fosse, tinha exigido tal coisa de um sábio, mago ou astrólogo. Eles protestaram dizendo que o que o rei estava pedindo era difícil demais, e que ninguém poderia revelar o sonho ao rei, exceto os deuses, que não moravam entre os homens. Isso deixou o rei tão furioso que ele ordenou que matassem todos os sábios da Babilônia, e eu sinto muito, Beltessazar, mas isso inclui você.

Espere — disse Daniel de novo, quando os guardas se aproximaram para pegá-lo. — Arioque, por favor permita-me falar com o rei! Eu quero que ele saiba que o Deus que eu sirvo pode me mostrar o sonho dele e dar a interpretação.

* * *

— Para que prestam os sábios se eles nem têm sabedoria para me dizerem o que quero saber? — gritou o rei batendo, frustrado, com a sua taça de vinho na mesa. Ele ainda estava furioso quando Daniel foi levado à presença do rei.

— E então, Arioque, já cumpriu sua missão?

— Aa... ainda não, ó Rei. Tem aqui um dos cativos de Judá que disse que pode dizer ao rei o significado do sonho!

— É mesmo? Ele tem a certeza?

— Sim, Ó Rei — disse Daniel. — Conceda-me algum tempo e eu direi o que sua majestade sonhou.

— Tempo, por que haveria eu de lhe dar tempo? Já pedi a todos os sábios, magos e astrólogos, e eles não puderam me ajudar, então como você vai poder?

— Ó majestade, eu mal acabei de ser informado do acontecido.

O rei ficou um pouco mais calmo quando reconheceu que Daniel era um dos rapazes hebreus que o tinham impressionado tanto.

— Está bem então, Beltessazar. Você tem até amanhã a esta mesma hora. Mas nem mais um minuto!

* * *

Daniel correu para casa para contar para Sadraque, Mesaque e Abednego sobre o prazo que o rei havia dado.

— Mas Daniel! — exclamou Mesaque. Ninguém no mundo pode fazer o que você prometeu.

— Você tem razão, nenhum homem pode, mas Deus pode! E nós vamos pedir a Ele para nos revelar este mistério. Ele tem que nos revelar, caso contrário amanhã seremos executados junto com todos os outros sábios da Babilônia!

Depois disso, os quatro caíram de joelhos e buscaram a Deus.

* * *

Naquela noite foi difícil Daniel adormecer. Ficou revirando de um lado para o outro, tentando não se preocupar pensando se o Senhor iria lhe revelar o sonho e quando. Mesmo depois de adormecer, de vez em quando ele acordava e ficava tentando desesperadamente se lembrar se tinha sonhado algo durante o tempinho que dormira!

Finalmente ele orou:

— Ó Deus, por favor ajude-me a descontrair e confiar que o Senhor sabe o que está fazendo, mesmo que não me revele o sonho do rei!

Assim que Daniel se rendeu à vontade de Deus, fosse ela qual fosse, ele teve uma visão que brilhava no meio da escuridão da noite. Daniel ficou boquiaberto à medida que aquela visão se desenrolava e o seu significado ficou claro.

Quando a visão se desvaneceu, Daniel gritou de alegria e louvou o Senhor pela Sua infinita fidelidade.

— Eu te agradeço, Ó Deus de meus pais, porque nos fizeste saber o sonho do rei.”4

* * *

— Então, o que foi? — perguntou Nabucodonosor na manhã seguinte, quando Daniel apareceu na presença do rei. — Não se esqueça que você precisa me dizer o sonho e a interpretação.

— Na Terra não existe nenhum sábio, mago, adivinho ou astrólogo que possa explicar tal mistério à sua majestade! Mas um Deus no céu que revela os mistérios, e Ele me revelou este mistério, não porque sou mais sábio do que qualquer outro homem, mas para que sua majestade possa entender o que significa o sonho e as coisas que vão acontecer no futuro.

O rei Nabucodonosor se endireitou no trono, cheio de interesse. A autoridade, confiança e tranquilidade com que Daniel falava o assombravam. Olhou para o seu escriba e disse:

— Não perca uma única palavra do que ele disser!

E depois pediu que Daniel prosseguisse.

— Ó rei, sua majestade olhou, e perante ti havia uma estátua enorme e deslumbrante! A cabeça da estátua era feita de ouro puro, o seu peito e braços eram de prata, seu ventre e coxas eram de bronze, as pernas eram de ferro, e os pés eram em parte de ferro e em parte de barro.

— É me... mesmo, — gaguejou Nabucodonosor, com os olhos esbugalhados. — Sim, eu lembro, foi exatamente isso! Mas aí aconteceu algo...

— Enquanto sua majestade olhava — uma pedra foi cortada de uma montanha, mas não por mãos humanas. Ela atingiu a estátua nos pés de ferro e barro, e os esmagou. Nessa mesma hora a estátua inteira se despedaçou e ficou que nem palha em eira no verão! O vento levou embora a palha e não ficou nada. Mas a Rocha que atingiu a estátua se tornou uma grande montanha e encheu a Terra inteira.

Nabucodonosor estava ali sentado mudo enquanto Daniel continuava.

— Foi esse o sonho, e agora esta é a interpretação que Deus me deu para sua majestade!

Tu, ó rei, és o rei de todos os reis! E o Deus dos Céus te deu grande poder, força e glória! Ele te fez governante de toda a humanidade, bem como dos animais dos campos e das aves do céu. Onde quer que eles vivam, Deus te constituiu por rei de todos! Tu és a cabeça de ouro!

— Excelente! Excelente! — exclamou o rei. — Continue por favor!

— Depois de ti se levantará outro reino, que é representado pelo peito e os braços de prata, porém, claro, não será um reino tão grandioso como o teu! A seguir, um terceiro reino, de bronze, governará sobre toda a Terra! E finalmente, haverá um quarto reino, forte como o ferro! E assim como o ferro quebra e despedaça tudo, este reino também esmagará e quebrará todos os outros.

— E os pés, e os dedos dos pés? — perguntou o rei com grande expectativa. — E a rocha?!

— Assim como viste que os pés e os dedos dos pés eram em parte de barro e em parte de ferro, também este reino final será um reino dividido. Vai ser em parte forte e em parte fraco. Assim como o barro não se mistura com o ferro, também o povo deste reino não permanecerá unido. E nos dias desses reis o Deus dos Céus estabelecerá um Reino que nunca será destruído! E o Reino não será deixado para outros, mas despedaçará e consumirá todos esses reinos, e será para sempre.

— É isso o que significa a visão da Rocha cortada da Montanha, mas não por mãos humanas, a Rocha que despedaçou o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro.

O rei ficou pensativo enquanto Daniel concluía:

— Deus revelou a sua majestade o que vai acontecer no futuro.

Enquanto o rei Nabucodonosor ponderava sobre tudo o que tinha ouvido, Arioque, que sabia muito bem como o rei era imprevisível, ficou com o coração na mão. Por fim, o rei se levantou lentamente do trono e desceu até onde Daniel estava em pé. Aí aconteceu algo inacreditável que deixou os presentes na corte completamente pasmados. O grande e poderoso rei Nabucodonosor, rei da Babilônia e do mundo inteiro, ajoelhou-se lentamente perante Daniel, e depois prostrou-se diante dele.

— O seu Deus é sem sombra de dúvida o Deus dos deuses, o Senhor dos reis, e um revelador de mistérios — reconheceu o grande monarca. — Porque você conseguiu revelar este segredo.

Então o rei Nabucodonosor anunciou:

— Tu, ó Beltessazar, serás o governador da província inteira da Babilônia e sobre todos os sábios cujas vidas tu hoje salvaste.

4º Capítulo: Prova de Fogo

A gratidão dos sábios por Daniel tê-los salvado da ira do rei não durou muito tempo. Em breve se transformou em inveja e ressentimento, principalmente quando ficaram sabendo que, a pedido de Daniel, o rei também promovera Sadraque, Mesaque e Abednego a posições importantes no governo.

— É quase inacreditável que o rei tenha posto esse rapaz estrangeiro acima de nós! — murmurou um dos magos mais velhos. — Temos que livrar-nos dele.

— Falar é fácil, o difícil é fazer, ele tem poder demais! — resmungou um astrólogo.

— Mas — sussurrou outro, olhando rapidamente para um lado e para outro para certificar-se de que não havia ninguém por perto que pudesse ouvir a conspiração, — se conseguirmos colocar o rei contra os amigos de Daniel, talvez consigamos fazer Daniel também perder o seu cargo.

E a chance deles em breve chegaria.

* * *

Um belo dia, o rei Nabucodonosor entrou na sala real do trono todo entusiasmado com uma nova ideia!

— Vou mandar fazer uma estátua gigantesca! — anunciou ele. — Parecida com aquela que vi no meu sonho, só que esta será toda de ouro. Quero que tenha 27 metros de altura e 3 de largura, e que seja colocada na planície de Dura para que todos a vejam!

— E para que servirá essa grande estátua, majestade? — inquiriu Daniel que estava presente.

— Para ser adorada, claro!

— Mas já não existem deuses suficientes na Babilônia?

— Deuses suficientes? Nunca teremos deuses suficientes! Quantos mais deuses tivermos para nos abençoarem, melhor. Por favor, chamem os meus melhores artífices. Quero que eles comecem a trabalhar nisso imediatamente.

Daniel suspirou. Embora o rei tivesse admitido a existência do verdadeiro Deus, por causa do seu orgulho, agora queria construir aquela imagem dele para ser adorada.

E foi assim que, por ordem do rei Nabucodonosor, em breve uma grande estátua de ouro foi erigida na planície de Dura, situada na província da Babilônia. Quando ficou pronta, o rei convidou príncipes, capitães, juízes, tesoureiros, conselheiros, oficiais e todos os governadores das províncias para a grande cerimônia de abertura e consagração da estátua. Entre eles encontravam-se Sadraque, Mesaque e Abednego, mas não Daniel, que não pôde comparecer pois o rei o enviara a tratar de outros assuntos nesse dia.

Quando a multidão se reuniu na frente da grande imagem, o arauto do rei deu um passo à frente e proclamou:

— Este é o decreto do rei: ordena-se a vós, ó povos, nações e gente de todas as línguas que, quando ouvirdes o som da trombeta, do pífaro, da harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles e de toda a sorte de música, vos prostreis e adoreis a estátua de ouro que o rei Nabucodonosor construiu.

Sadraque, Mesaque e Abednego olharam uns para os outros preocupados, mas o pior ainda estava por vir.

O arauto continuou:

E qualquer que não se prostrar e não a adorar, será na mesma hora lançado dentro do forno de fogo ardente!

— O que vamos fazer? — sussurrou Mesaque. Não podemos nos prostrar e adorar aquela abominação.

— Poderíamos ir embora quietinhos e esperar que ninguém repare — sugeriu Sadraque.

— Não tem chance! — respondeu Abednego. — Olhem. Os músicos estão pegando os seus instrumentos.

— Ó meu Deus — implorou Mesaque — sabemos que Você ficará do nosso lado, Senhor, nesta postura que tomaremos para Você. Por favor use esta situação para Sua glória.

De repente, o som estrondoso de buzinas, pífaros, harpas, sambucas, saltérios, gaitas de foles e outros instrumentos musicais, foi ouvido por toda a planície arenosa de Dura. Não querendo servir de combustível para o forno do rei, milhares de pessoas se jogaram no chão rastejando diante da grande imagem de ouro. Ou seja, todos exceto Mesaque, Abednego e Sadraque, que permaneceram de pé.

Quando as últimas notas de música terminaram, a imensa multidão de idólatras se levantou.

— Glória a Deus! — sussurrou Sadraque — como todo mundo estava de cara no chão, acho que ninguém reparou que nós ficamos em pé.

Porém, estavam enganados.

* * *

— Nós os pegamos! — disse um dos magos com uma gargalhada, enquanto os conselheiros invejosos se apressaram ansiosos em voltar ao palácio, a fim de contarem ao rei o que tinham visto.

— Nós mesmos não poderíamos ter planejado uma armadilha melhor — disse outro. — O rei vai ficar furioso quando souber que esses hebreus só adoram o deus deles.

— Mal posso esperar para denunciá-los para o rei — disse outro. — Eles estão liquidados.

Quando Sadraque, Mesaque e Abednego chegaram à cidade, havia guardas armados à espera deles no portão.

— O rei está furioso — avisou Arioque, enquanto os conduzia ao palácio. — Vocês vão ter que dar alguma explicação rápido para saírem desta vivos. E infelizmente, o seu amigo Daniel não está aqui para ajudá-los.

— Olha, vai ser preciso um milagre — respondeu Mesaque, admirado por sentir tanta coragem. — Mas o nosso Deus é um Deus de milagres, como você já constatou, Arioque.

— Verdade — disse Sadraque. Eu acredito que Deus permitiu que fôssemos trazidos para a Babilônia para tal tempo como este.

-- Ainda que seja a Vontade d`Ele que morramos pela nossa fé — disse Abednego -- será um testemunho de fé e dedicação a Deus. Quer vivamos quer morramos, Deus será glorificado.

Agora que Sadraque, Mesaque e Abednego estavam numa situação em que era muito possível que fossem martirizados pela sua fé, perceberam que não sentiam medo de morrer pela sua fé. Mas eles tinham um pressentimento de que o Senhor tinha outra coisa em mente, que queria fazer algo especial com eles nesse dia. Todos eles sentiam a presença do Senhor bem ali com eles. Eles até sentiam como se um quarto prisioneiro estivesse sendo levado com eles.

À medida que se aproximavam do palácio e do confronto com o rei, a fé deles aumentava cada vez mais, e seus rostos brilhavam mais e refletiam mais ousadia. Quando entraram na sala de julgamento do rei, sentiam como se não houvesse na Terra poder que conseguisse detê-los. O rei Nabucodonosor ainda estava fervendo de raiva quando Sadraque, Mesaque e Abednego foram conduzidos à sua presença.

— Sadraque, Mesaque e Abednego é verdade que apesar de todos os privilégios que lhes concedi, vocês recusaram servir os nossos deuses, e se prostrar diante da minha estátua de ouro para adorá-la?

— É sim, majestade! — falou um dos sábios invejosos. — Nós os vimos em pé com os nossos próprios olhos, mesmo depois de ouvirem as suas ordens de que qualquer um que não se prostrasse para adorar a imagem seria lançado no forno de fogo ardente!

O rei ficou remoendo o pensamento, tentando controlar sua ira. Lembrou-se de como havia ficado impressionado com os jovens hebreus quando os conheceu. Eles eram espertos, inteligentes e dos rapazes mais talentosos que já tinha visto. Ele precisava de líderes assim na Babilônia.

— Escutem aqui — disse ele — eu demonstrei respeito pelo seu Deus; por que vocês não podem demonstrar um pouco de respeito pelos nossos? Depois de tudo que fiz por vocês, não podem fazer isto por mim? Onde está a sua gratidão? Se da próxima vez que ouvirem o som dos instrumentos musicais vocês se prostrarem e adorarem a estátua que eu fiz, então tudo bem! Mas se continuarem recusando adorar a minha estátua, então irão mesmo para o forno! E me digam: qual é o Deus que poderá livrar vocês disso?

Com o poder de Deus brilhando nos seus olhos, Mesaque deu um passo à frente e respondeu:

— Ó Nabucodonosor, nós só adoramos o único Deus verdadeiro. Mesmo que sejamos jogados nas labaredas do forno, o Deus que nós servimos pode nos livrar dele e da tua mão, ó rei.

— É verdade! — concordaram Sadraque e Abednego. — E se não, fica sabendo, ó rei, que ainda que Ele não nos livre, nós não podemos servir os teus deuses nem adorar a estátua de ouro que tu levantaste.

Arioque estremeceu e recuou. Nunca ninguém havia enfrentado e desafiado o rei daquele jeito. O rei ficou em estado de choque por alguns momentos, e o seu rosto passou rapidamente de vermelho a rubro e de rubro a roxo, antes de explodir e berrar:

— Atem-nos com cordas! Chamem os homens mais fortes do meu exército. Aqueçam o forno sete vezes mais, como nunca antes e joguem estes homens lá dentro imediatamente! E quero que façam isso agora, ouviram bem? AGORA!

* * *

Abednego deu um grito de dor ao cair com um baque no chão do forno de tijolo, e de novo quando Sadraque caiu em cima dele, seguido imediatamente de Mesaque! Gritos e berros podiam ser ouvidos acima do barulho ensurdecedor do inferno chamejante em que haviam sido jogados. O fogo estava tão quente e as chamas tão violentas, que quando os soldados conseguiram se aproximar o suficiente da abertura do forno para jogá-los lá dentro, eles próprios pegaram fogo! Foi então que os três perceberam...

— Ei, nós estamos dentro do forno, mas não estamos queimando! — gritou Sadraque para poder ser ouvido sobre o ruído das chamas.

— É inacreditável! — gritou Mesaque. Nós estamos no meio de um fogo incandescente, mas não sentimos as chamas.

— E ... as cordas. As cordas caíram! — exclamou Abednego. É um milagre! Glória a Deus!

— Meus filhos queridos e fiéis! — disse uma voz suave no meio das chamas, e então perceberam que tinha uma quarta pessoa com eles, uma pessoa tão pura, tão encantadora, tão poderosa, tão radiante e tão cheia de amor, paz e ternura, que eles sabiam quem era...

* * *

Nabucodonosor chamou-os freneticamente para saírem do fogo, e depois declarou:

— Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego que enviou o Seu Anjo e livrou os Seus servos! Eles confiaram n`Ele e estiveram dispostos a morrer em vez de servirem ou adorarem outro deus que não fosse o seu Deus. Por isso decreto que o povo de qualquer nação ou língua que disser alguma coisa contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego seja destruído e suas casas feitas um monturo, pois não há outro deus que possa salvar como este!

Mais Sobre Daniel

Para saber mais sobre Daniel, você pode ler o livro da Bíblia com o nome dele, onde ele registrou outros acontecimentos importantes que ocorreram durante a sua vida. Ele não só serviu o rei Nabucodonosor, mas também estava vivo durante o curto reinado do seu neto Belsazar. E depois que a Babilônia foi conquistada pelos Medos e os Persas, ele serviu a Siro, rei da Medo-Pérsia.

No capítulo seis de Daniel, encontrarão a história da proteção milagrosa de Daniel quando o rei da Medo-Pérsia o mandou jogar na cova dos leões, por desafiar uma ordem para não orar a outro deus a não ser ele por trinta dias. Nos capítulos sete e oito, também se encontram registrados mais dois sonhos de Daniel sobre impérios mundiais futuros.

No capítulo dez de Daniel está registrada uma batalha intensa travada no domínio espiritual, quando Miguel é enviado para lutar contra um demônio que tentou impedir que uma importante mensagem profética fosse entregue a Daniel.

Referência:

4 Daniel 2:23, parafraseado

Adaptado dos escritos de AFI. Ilustrado por Jeremy. Design de Roy Evans.
Publicado pelo My Wonder Studio. Copyright © 2023 por A Família Internacional
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Tagged: cuidado e proteção de deus, coragem, grandes homens e mulheres de deus, histórias bíblicas para crianças