Tal como Elias profetizara, nem uma gota de chuva caiu e uma seca começou a castigar a terra. À medida que passavam os meses de calor sufocante, os efeitos do sol abrasador se fizeram sentir sobre o solo ressequido de Israel: perderam-se as safras, os reservatórios de água secaram e a fome alastrou. Com o tempo, o próprio suprimento de água de Elias, o ribeiro de Querite, também secou completamente. Mas Deus foi fiel e, no mesmo dia em que o ribeiro secou, Ele instruiu Elias a ir para Sarepta, dizendo: “Ordenei a uma mulher viúva ali que te sustente.”

Sarepta ficava a mais de 160 quilômetros a norte de Querite, e Elias teve que fazer esse perigoso trajeto a pé. Depois de dias de viagem por terras áridas, escarpas rochosas e trilhas nas montanhas, chegou finalmente a Sarepta, uma cidade costeira do atual Líbano. Ao se aproximar do seu destino, fatigado, com calor e coberto de poeira, avistou uma mulher recolhendo lenha.

—Água! — gritou para ela. — Por favor traga-me um pouco de água numa vasilha para eu beber.

Com pena do andarilho cansado, a mulher levantou-se para pegar um pouco de água, quando ele a chamou novamente e disse:

—E, por favor, será que você pode me trazer também um pedaço de pão?

—Vive o Senhor — disse a mulher — mas somente tenho um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija. Veja só, estou aqui pegando dois gravetos para levar para casa e fazer uma última refeição para mim e para o meu filho, para que comamos e depois morramos.

—Não temas — disse Elias para a mulher — percebendo que se tratava da viúva que o Senhor prometeu que o alimentaria e cuidaria dele. — Vá e faça como você disse, mas primeiro prepare um pequeno pão e traga-o para mim; e depois faça mais para você e para o seu filho.

—O Senhor Deus de Israel promete que a farinha da sua panela não acabará nem o azeite da sua botija, até o dia em que o Senhor der chuva sobre a terra.

A mulher ficou surpresa com aquela espantosa proclamação, mas como Elias falou com ela com autoridade e no nome do Senhor, Ela entendeu que se tratava de um homem de Deus, um profeta e acreditou nele. Então, decidiu confiar em Deus e seguir as instruções de Elias, e apressou-se a ir para casa, onde juntou o último punhado de farinha do fundo da uma panela. Em seguida deixou escorrer as últimas gotas da sua botija de azeite.

Depois de ter misturado o azeite e a farinha, e ter feito uma massa e posto para assar no seu forno de barro um pequeno pão, ela começou a arrumar a cozinha enquanto o pão para Elias assava. Quando pegou a botija de azeite vazia para guardá-la no lugar, a viúva teve a maior surpresa da sua vida.

—Como é possível que esteja mais pesada do que momentos atrás?

E, inclinando-a ligeiramente, mal pôde crer quando viu o azeite fresco pingar no chão. Correu até à vasilha onde guardava a farinha, soltou um grito de surpresa, pois a mesma vasilha que alguns minutos antes estava vazia, agora quase transbordava de farinha fresca. Acontecera um milagre!

O coração da viúva transbordava de gratidão a Deus por uma manifestação tão grande da Sua benção. E, tal como Elias houvera profetizado, a farinha da vasilha não se acabou e o azeite da botija não faltou enquanto a fome durou.

Ela deu o que podia e Deus a recompensou muito além do que ele jamais ousaria esperar.

Ver “Heróis da Bíblia: Elias” para mais sobre este fascinante personagem da Bíblia.