Vovô, o senhor tem uma história de Natal sobre os nossos amiguinhos insetos para contar? —perguntou Toninho.
— Preciso dar uma olhada no meu livro de histórias — respondeu o vovô Juca. — Pode pegá-lo para mim, por favor?
O garotinho subiu as escadas para pegar o livro favorito do seu avô. Voltou com o livro na mão e sentou-se ao seu lado, prontinho para uma história.
— Achei: “Alegria no Natal!” — disse o Vovô Juca com um sorriso, e começou a ler...
Num dia de inverno, o chão estava todo branquinho, coberto com uma camada macia de neve que caíra na noite anterior. Ali se via as pequenas pegadas dos muitos insetos que corriam de um lado para o outro se preparando para uma reunião. Logo estavam reunidos no local combinado: uma toca aconchegante e segura. Eles sentaram-se juntinhos para manterem-se aquecidos.
— Eu estava pensando que… seria tão legal se a gente preparasse algo para os nossos vizinhos neste Natal!
— Boa ideia! — exclamou Dora.
— O que você tinha em mente? — perguntou Cacá.
— Não sei bem. Foi por isso que convoquei esta reunião, para discutirmos o assunto. Alguém tem uma ideia? — falou Vítor.
— Hum, o Natal é uma época de solidariedade — disse Lulu pensativa.
— E de cantar — disseram Mindinho e Engraçadinha ao mesmo tempo.
— Sabia que teríamos boas ideias — disse Vítor com um sorriso.
— Então, o que vamos fazer? — perguntou Mindinho.
Houve um momento de silêncio, que Cacá quebrou dizendo:
— Eu estava pensando... O Natal é o aniversário de Jesus. Como será que Ele gostaria que o festejássemos?
— Por que não Lhe perguntamos? — sugeriu Vítor.
Concordando, os oito insetos baixaram a cabeça para uma prece. Assim que terminaram, voltaram a planejar o seu evento de Natal para os vizinhos.
“Noite feliz, noite de paz” —cantou Cacá desafinando, e aí deu um suspiro. — Não consigo. Não tenho voz para esta canção.
— Não desista, você só tem que ensaiar mais — afirmou Mindinho. — Engraçadinha, quer vir cantar conosco?
Os três então começaram a cantar de novo, desta vez juntos. E após algumas tentativas, suas vozes se harmonizaram lindamente:
— Que lindo! — exclamou Dora.
— Nossa! — exclamou Engraçadinha, olhando para onde Dora estava. — Estas cestas de Natal estão lindas!
Numa fileira no chão se encontravam várias cestas cheias de presentes e guloseimas, todas decoradas num lindo arranjo.
— Todos trabalharam duro para montá-las, e sem dúvida ficaram maravilhosas — disse Vítor, tirando os olhos da folha em que estava escrevendo.
— O que você está fazendo, Vítor? — perguntou Lulu.
— Uma relação de todas as famílias de insetos no nosso bairro para quem daremos as cestas — explicou.
— Quantas são? — perguntou Dora.
— Umas doze.
— Então já estamos quase no final — disse Mindinho, depois de contar as cestas. — Só faltam duas.
— Que bom que terminamos a tempo! — exclamou Lulu. — Hoje é véspera de Natal, e podemos distribuí-las à noite.
— Estou super animado! Mal posso esperar! — comentou Cacá.
— Que tal terminarmos as duas últimas cestas — disse Vitor — e depois nos prepararmos?
— Ótima ideia — concordaram todos, pondo mãos à obra.
Os flocos de neve caíam suavemente enquanto os insetos caminhavam sobre a neve suave que cedia aos seus pezinhos. Os oito amiguinhos cantavam uma música de Natal enquanto se dirigiam para a aldeia:
Chegaram à casa da família Besouro.
— Boa noite, Seu Besouro! Boa noite, Dona Besouro! — cumprimentaram.
— Boa noite, Vítor, e Feliz Natal para todos vocês — desejou o casal.
— Que bons ventos os trazem? — perguntou Dona Besouro.
Trouxemos uma cesta de Natal — explicou Dora — e queremos cantar uma ou duas canções de Natal para vocês.
— Que maravilha! — exclamou Dona Besouro. — É muita gentileza da sua parte.
Cacá se pôs a cantar:
— Noite feliz, noite de paz...
Os outros se juntaram a ele, e até mesmo o casal de besouros cantou e seus filhotinhos.
Ao terminarem a canção, Dona Besouro abraçou cada um dos amiguinhos, agradecendo a visita.
— Vocês nos proporcionaram um lindo Natal — disse ela.
— Feliz Natal! — desejaram os insetos, seguindo em direção à próxima parada.
E lá se foram eles, noite adentro, levando alegria e felicidade a todos que visitavam, e um sorriso a cada um que encontravam. No fim da noite, se despediram uns dos outros e voltaram para suas casas.
— Este foi o melhor Natal que já tive — disse Lulu.
— Com toda certeza — concordaram os outros.
— Ah, eu queria fazer algo assim para o Natal — disse Toninho quando a história terminou. — Mas o que eu poderia fazer?
— Boa pergunta. Talvez possa fazer algo para o Pedro que mora ao lado, ou um cartão de Natal para os seus pais. Há tantas coisas que se pode fazer pelos outros! Que acha de perguntar a Deus? Tenho certeza que Ele tem ótimas ideias.
— Vou fazer isso — disse Toninho, abaixando a cabeça para fazer uma prece.
Para Toninho, este também seria o melhor Natal de sua vida, porque ele estava fazendo o que Jesus mais gosta que façamos no Seu aniversário: pensar nos outros e procurar uma maneira de alegrá-los!
Moral da história: O melhor presente que se pode dar no Natal são gestos de amor e gentileza. Quando fazemos os outros felizes, Deus também fica feliz.
Escrito por Katiuscia Giusti. Ilustrado por Agnes Lemaire. Colorido por Doug Calder. Design de Roy Evans.Apresentado no Meu Estúdio Maravilhoso. Copyright © 2007 por Aurora Produções AG, Suíça. Todos os direitos reservados.